domingo, 11 de janeiro de 2009

Dor.

E naquela noite, ela ouvira o bater da porta, como se nunca tivesse ouvido antes. Ela sabia que ali, uma parte dentro de si se perdia, que ia ser tudo diferente, e que viria muita dor pela frente.
Ela chorava como nunca teria chorado antes, nunca sentira seu rosto tão molhado e enchado, seus olhos não paravam e a dor só aumentava.
Aquela conversa, as brigas, pra que ter de ouvir, pra que ter de ser assim?
E não havia mais nada para se fazer, tudo já estava feito, a porta já havia sido fechada, ele já havia tomado sua decisão, não iria voltar atras, nem por ela e nem por ninguém, há e como tudo aquilo doía. Não dava pra explicar.
Ela precisava de um abraço, de um conforto. E todos ali também precisavam, até mais que ela talvez, mas todos sentiam, todos choravam.
O silêncio. Ele chegou naquela casa e ficou. Só se ouvia soluços e tvs ligada, mais nada. Sorrisos falsos. Por dentro tudo doía. Não tinha como não doer.
Mas me diz, porque não foi tudo diferente?
Por que assim? Por quê?
Aquela resposta não existia. Por mais que se procurasse em todas as mentes existentes nesse mundo.
E na cabeça dele, o que se passava? O que ele pensava? O que ele realmente sentia?
Ela sabe o que sente. Sente dor. Sente medo. Se sente sozinha. Se sente perdida.
O mundo por um momento se acabou pra todos ali. Não tinha mais chão. Nada importava. Porque ali, um buraco ficára.
Mas ela ainda amava, e como amava.

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