segunda-feira, 13 de julho de 2009

Superfluosidade.

Pra quê?!
Por temer? Temer o que você deveria ser, ou sentir.
O que você sempre quis nos seus braços, muito bem, faça pouco caso.
Um dia você vai acordar e ver, o que estava nas suas mãos e você jogou de lado, virou as costas e se afastou. Meu coração. Pisoteado ficou.

Apesar de,...
Eu sempre vou preferir ser, melodramática assim. A me previnir de sentir esse rebelião de sentimentos desconhecidos dentro de mim.

Saudade.

Sufoca, destrói e dói.
E depois, que a alma é lavada
Ela vai,
e passa.









Pra voltar pior depois.

Tudo e nada, ou.

Você percebe que há algo de errado em você quando sabe que sente o que nunca deveria sentir, e sempre nos mesmos lugares, errados. Você sabe que há algo de errado com você quando se quer o tudo e o nada ao mesmo tempo, ou mesmo que seja em momentos distintos, nunca tá bom, sempre é muito, pouco. Você tem certeza que nada está indo corretamente bem em sua mente, quando você deseja mais do que qualquer outra coisa que tudo fosse apagado e você pudesse começar de novo, sem nada ser lembrado.

sábado, 11 de julho de 2009

A nuvem em forma de coração

- Corre aqui! - Ela me disse.
Lucinda estava maravilhada, eu só não entendia o por que.
- Você está vendo, está vendo?
Eu olhava pro céu sem entender nada, nada mesmo. Aquilo pra mim eram nuvens e azul. Branco também, claro. Ela estava me deixando louca.
- O que você vê?! - Eu perguntei - Não vejo nada ali, só o céu, e o que tem demais, nunca viu o céu não sua maluca?
- É liiiiiiiiindo!
Ela fechou os olhos e respirou fundo, ainda maravilhada. Eu não compreeendia, só a fitava com um ponto de interrogação enorme me fazendo companhia.
Eu sentei na grama, cansada de tentar entender e de olhar a maluca da minha prima olhando pro céu, respirando tão fundo como se quisesse todo o ar para ela. Emburrei.
- Que foi? - Ela me olhou, acho que haviam se passado horas, ao menos parecia. Estava entrando em estado de tédio absoluto.
- Nada!
- Me fale. - Ela sentou ao meu lado. Sorrindo.
- Primeiro você fica olhando pro céu, maravilhada com nada. Segundo, fecha os olhos sem me responder nenhuma pergunta. Terceiro, você está me fazendo achar que a maluca da história sou eu.
Ela gargalhou, nem ficou brava nem nada, meu irmão teria me dado um chute na canela pela última frase, ele entenderia a irônia.
- Ah para com isso, eu só estou feliz. Sabe, eu podia estar fazendo qualquer outra coisa, podia estar acontecendo algo de errado, ou algo explêndido, mas eu escolhi estar aqui, tomei essa decisão, escolhi ser assim, preferir o simples ao extraordinário. Não que isso não seja extrordinário. Olha! Aquela nuvem, faz o formato de um coração, está vendo?
Eu dei risada com ela.
- Sim Lucinda, eu vi!
- Está vendo, não é liiiiiiindo? Fabuloso? Extraordinário?
- Ok, eu já entendi que você gosta de nuvens em forma de coração.
- Rá rá. Sua boba. Não é isso. O simples é tão perfeito, e a gente procura a perfeição aonde não conseguimos achar. É isso que acaba com a gente. É isso que destrói nossos sonhos. Nossos planos. Enxergamos as coisas já pensando que é impossível. Não vemos que depende de uma vontade nossa decidir, só nossa. Seguir nossos caminhos e sonhos. É algo que só a gente pode mover. A nuvem está lá, ninguém pode tocar nela e fazer ela se mover, ela se move por vontade própria. Ninguém vai te fazer viver se você não quiser viver! - Ela me abraçou. - Sente o cheiro? Vida minha amiga, vida! Sorria! Dúvido você me pegar!
Ela se levantou e saiu correndo, eu assimilei as palavras dela em dois segundos, ela estava certa. E o que eu estava esperando?
- AHHHHHHHH, quer apostar quanto que eu te alcanço?! - Eu gritei.
- Milhares de sorrisos seus. E cansaço. Rá rá rá rá...
E então eu levantei, e fui átras dela, esquecendo tudo que eu havia pensado até agora. Deixando o vento tocar meu rosto e jogar meus cabelos para trás, levando com ele tudo o que eu não queria mais comigo. Deixa pra lá, nada que passou me importava mais. Eu estava vivendo!

Mentiras

E quem foi que disse que tinha um modelo correto a seguir, quem disse que era aquilo e pronto?
E quem te disse, me diga, quem disse que os sonhos são apenas ilusão e que vão se perder na escuridão?
Quem mentiu pra você assim?
É maldade tirar sonhos de uma criança, mas é mais ainda fazer com que um adulto não tenha mais a capacidade de sonhar!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Uma outra janela...

O vento que trás os pensamentos, é o mesmo que carrega os sonhos, o mesmo que nos leva pra outra dimensão.
Aquela viagem insconciente tão real, a cada fechar de olhos. A janela se abriu e você parece não poder se conter. É tão convidativo, não?! Um mundo desconhecido e tão melhor de onde se vive. Ela te puxou, e te leva pro desconhecido.
Só você sabe o que viu, só você saberá que verá mais, sempre mais. O que ninguém pode ver e sentir. Só você. Desejos, medos, alegrias, esperanças. Sonhos.

¨Te vejo sonhando e isso dá medo.
Perdido num mundo que não dá pra entrar¨
Pitty - Na sua estante

Incoscientemente Inconsequente

Estava tudo um pouco embaçado nem se enxergava direito. O céu estava nublado, parecia até que ia chover por um mês inteiro. Uma tempestade estava por vir, e qualquer um que olhasse perceberia, isso sim estava bem claro, ao contrário do dia.
E junto com toda a tempestade que formava nesse imenso céu, vinha junto todo o rebuliço dentro de mim, duas tempestades em um só lugar, em um corpo e um patamar, em um coração sem direção.
O vento que batia, levava pedaços dilacerados, levava pra longe e se perdia por ai, ficava vagando sem dono esperando que eu fosse átras pra encontrar.
Esconde-esconde.
Mas nem sempre o que se perde queremos encontrar. Tem coisas que sempre é melhor deixar como esta. Como isso, aquilo, e acolá. Rá! Ou então...
Me de na cabeça de ir me encontrar, sei lá!
E que medo que me dá, daquilo que quero e espero, de não encontrar, de não segurar, pegar, ter. Temer. Não tem que procurar, encontrar. Se for seu, ali estará.
Sempre serei. Sempre será. Tua. Meu. Consciente. Inconsequente. Esperarei eternamente.